Crenças – (1) Apresentação

   Desde criança acho muito estranho a dependência que as pessoas tem da religião. Na minha família, de classe média, um exemplo não muito típico no Brasil, considerando a década de 60, meus pais tinham convicções espíritas, meus irmãos não tinham certeza das suas escolhas, minhas irmãs seguiam os exemplos paternos e minhas tias católicas fervorosas. Eu me junto aos irmãos, pois não tinha certeza das escolhas.

   Lembro-me que desde esta época, questionava a todos do porque tem que existir algo divino e inquestionável.

   Recordo das palavras do meu pai, como sábio que era, que eu deveria procurar me iluminar e buscar conhecimento e que eu encontraria todas as respostas que procuro.

   Com o passar do tempo, o que era apenas estranho tomou dimensões grandiosas, pois comecei a questionar se religião era uma necessidade humana, um mito, fantasias ou cultura popular.

   Ao escrever este livro, não pretendo criticar ou julgar nenhuma das religiões envolvidas, apenas manifestar minhas opiniões e provocar o leitor com perguntas pertinentes e fazê-lo refletir sobre suas crenças e convicções.

Obrigado,

Clauder Ciarlini Filho

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