O Brasil tem jeito sim!!

   Desde criança escuto dizerem que Brasil é o país do futuro! E este futuro nunca chega. Será que este continente maravilhoso está fadado a ser o país que sempre será? Em que pese nossa colonização, cuja história tem sido contada de forma deturpada, pois nem o nosso nome foi originado pelo pau Brasil, e sim como terra abençoada perseguida e desejada pelos templários a partir de Portugal, quando lá se instalaram após serem perseguidos pela igreja, e detinham o conhecimento das cartas náuticas daquela época.

  Em nenhum momento a descoberta do Brasil foi casual, pois sua existência já era conhecida muitas décadas antes de Cabral aqui aportar e não tinha o objetivo de exploração das suas riquezas, mas de ampliação territorial de Portugal e evangelização.

   Recentemente, assisti uma palestra de onde fomos desafiados a pensar, apenas pensar, se num milagre do universo, toda a população do Brasil fosse trocada pelo povo Japonês, e vice-versa? O desafio era prever a próxima década. Desnecessário dizer que imediatamente a plateia caiu em gargalhada, não pelo absurdo da ideia, mas pelas conclusões.

   De um lado todos afirmaram que o Brasil mesmo antes de uma década se transformaria na maior potência do planeta, e, pasmem, a gargalhada foi de imaginar como ficaria o Japão só com brasileiros. Isso mesmo, admitimos publicamente nossa incompetência como povo, sabemos isso, mas nos acostumamos.

   Para conseguirmos conviver como povo, criamos um país imaginário onde fazemos de conta que somos cidadãos que respeitam o próximo enquanto tentamos levar vantagem, fazemos de conta que pagamos impostos e o governo faz de conta que administra com os 10% que sobram das despesas discricionárias, e fazemos de conta não ser apenas gastos com a máquina pública, fazemos de conta que estudamos e o governo faz de conta que ensina com metodologias ultrapassadas visando apenas as estatísticas mundiais.

  Tenho certeza que as regras que seguimos até o momento cada vez mais nos levará ao caos com medidas de protecionismo trabalhistas e considerar a classe empreendedora com uma praga a ser domada, onde o governo trata a todos como fonte de arrecadação.

   Temos hoje os maiores impostos, custos operacionais e trabalhistas do planeta. Considerando o dólar em paridade com o real, a diferença de preços de quase todos os produtos fora do Brasil chegam a custar cerca de um terço do valor praticado internamente. Somos o país mais rico do mundo com os salários que temos? Parece mais um faz de conta.

   Entretanto, temos jeito sim, mas para isso precisamos resgatar nossa história e nossos heróis fundadores. Temos o privilégio de ter em nosso sangue a mistura de todas as raças, independente da etnia, recebendo incorporado a cultura destes povos juntando o popular com o erudito.

   Temos que proteger a liberdade e a espontaneidade do nosso povo, preservando e aprimorando nossos valores morais como cidadãos, e lutar contra interferência ideológica que escravizam a mente corrompendo nossa cultura. Lutemos contra as tentativas de destruir nossa história e obscurecer nossos  fundadores, resgatando nosso direito de ser Brasileiro.

    Em uma palestra que presenciei na década de 80 proferida por um ex-deputado na ocasião, já se apresentava a ideia do imposto único como solução e as informações pareciam ser condizentes com a realidade, preservando-se algumas atualizações, seria suficiente para mudar os paradigmas da economia brasileira. Sendo assim, apresento minhas conclusões para tirar este país da espiral da decadência em que se encontra, e precisa somente de vontade política e coragem para isso.

   Os números e índices que vou apresentar aqui não são cientificamente calculados, mas apenas como sugestão para facilitar o entendimento e explorar melhor a ideia e dependeriam de estudos mais detalhados para isso.

Sobre a Economia

   O conceito que hoje chamamos de CPMF, nome proibitivo na cabeça dos políticos que fazem de conta ser inaceitável, foi extraído da ideia do (IU) Imposto Único, que funcionaria sobre todas as operações financeiras bancárias, ou seja, 99% da circulação de riqueza. O percentual apresentado pelo autor seria de 2,5%, de onde ele baseou todos os seus cálculos estatísticos. De acordo com seus dados, imediatamente a arrecadação seria quase o triplo da atual sem considerar efeitos colaterais que aumentariam consideravelmente o resultado, incluindo a sobreposição.

   Os efeitos colaterais imediatamente sentidos seriam o desmantelamento das receitas federais e estaduais que se tornariam desnecessárias, pois não teriam o que controlar, o consumo de papel das notas fiscais, recibos, etc, que não seriam mais utilizados e a simplificação contábil sem a necessidade de exército de contadores. Estes setores sofreriam uma diminuição sensível no número de funcionários e reorientados para relações de importação/exportação, ou seja, comercio internacional.

 O que fazer com o exército de demitidos? Como alocá-los quando já existe milhões de desempregados? Seria este o principal motivo da não avaliação do imposto único? Tem jeito para isso também!

Revisão das relações trabalhistas

   Um funcionário de uma empresa custa o dobro do valor do seu salário e quatro meses do seu trabalho é somente para cobrir seus impostos, alguns dos quais fazem de conta que garantem seu futuro e alguns, seu atendimento médico. Os custos acessórios como vale-alimentação, transporte, férias são apenas alguns dos exemplos de protecionismo que compõem e inviabilizam os salários.

   Assim, sugiro a jornada de trabalho de apenas 6 horas diárias incluindo-se o sábado e a aplicação de apenas 2 tributos que totalizariam 30%, a metade para fundo de garantia e o restante para o SUS, garantindo a sobrevivência do atendimento à população. Aqueles que desejassem poderiam complementar para um seguro particular e complementariam seu tributo para isso. Adicione-se a esta medida a extinção do salário mínimo que seria negociado entre as partes a exemplo de outros países, sem punição pelas demissões de ambos.

   As vantagens intrínsecas desta metodologia seriam sentidas imediatamente, pois precisaríamos que as empresas operassem por 12 horas diárias contratando o dobro de funcionários, ou seja, inicialmente haveria uma escassez de mão-de-obra, mas melhor faltar do que sobrar, pois, podemos importá-los quando necessário atraindo talentos para nosso convívio.

   Como resultado imediato, o Brasil passaria de milhões de desempregados para uma carência de profissionais, mesmo considerando a absorção dos funcionários públicos que seriam transferidos para a iniciativa privada. O emprego passaria a ser orientado pela meritocracia e haveria uma grande necessidade de requalificação e formação profissional, estimulando o fortalecimento do segmento educacional.

   Do ponto de vista social, as pessoas teriam mais tempo de se dedicar à família, desenvolver novos conhecimento e participar de serviços voluntários e comunitários.

   Como podem ver, parece simples sairmos deste atoleiro que nos metemos, estamos tão cegos de tentar fazer sempre a mesma coisa esperando ter resultados diferentes que beiramos a insanidade e nos afastamos cada vez mais rápido de uma virada. Não quero que o Brasil seja o melhor do mundo, apenas que seja o melhor para o brasileiro.

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