Seja Líder – (2) Combatendo Crenças

    Tenho ouvido muitos mitos sobre nascer líder e não consigo aceitar que a liderança seja hereditária, caso contrário teríamos muitos Hitlerinhos, Mussolinhos, Stalininhos e muitos outros zinhos, assim como não acredito que alguém nasce com hereditariedade comportamental.

     Devemos levar em consideração que a forma como construímos nossa personalidade se completa até os 7 (sete) anos de vida e são cruciais para nosso desenvolvimento e criação das nossas ancoras comportamentais que nos guiará para sempre.

     Infelizmente, na maioria das famílias, este período é negligenciado pelos pais de forma involuntária por não conhecerem a importância desta fase ou não terem conhecimento dos processos cognitivos que poderiam ser empregados para gerar uma influência positiva na formação da personalidade dos filhos e na maioria das vezes esta fase é acompanhada por babás, ou pelas escolas.

     Influência positiva não significa induzir a criança a construir seu mapa do mundo com base nos seus conceitos, mas oferecer condições para que ela se desenvolva tendo como base seus exemplos e atitudes.

     O mundo está aí, independente do que enxergamos, a realidade não se altera, apenas criamos nossa visão particular dela pelo resultado das filtragens dos nossos filtros de percepção. Afinal, existem três verdades, a sua, a do outro e a verdadeira.

    A personalidade é a forma como nos apresentamos ao mundo depois de concluirmos a construção da nossa própria visão da realidade, definindo para sempre as nossas atitudes.

     As crenças, como princípios orientadores que induzem sentido ao mundo, provocam a diminuição da capacidade dos indivíduos de atingir estados espirituais que rompem resistências e medos adquiridos como axiomas, e um deles é que nem todos podem ser lideres, e esquecem que a formação do caráter é constante através da evolução dos conceitos e valores e que duram por toda a vida.

     Portanto, tome as rédeas da sua vida antes que alguém faça isso por você, seja líder você também, decida agora quem você será, pois alguém profetizou que os tolos dominam o mundo, mas os sábios dominam a si mesmos. Lembre-se que você é o único responsável pelas suas escolhas e que você é o resultado das suas decisões.

     As religiões são um exemplo mensurável de utilização de crenças, instigando nos indivíduos, necessidades inconscientes de credibilidade e dependência da existência divina. A transferência de responsabilidade a um nível superior, principalmente se não há questionamentos pelos axiomas impostos, consolida a noção do determinismo, mesmo que permaneça no consciente a sensação de que algo ficou incompleto.

     As religiões de uma forma geral conduzem a comportamentos coletivos que preservam a sociedade, do ponto de vista sociológico, mas todas enveredam pelo sentimento do dualismo nas ações, ou seja, dar algo em troca da conquista ou mesmo da obediência às regras estabelecidas.

     Os regentes nas antigas civilizações cultivavam a dependência divina, pois sabiam que legisladores podiam ser questionados, mas nunca as divindades dos quais se denominavam dependentes, escolhidos ou representantes, produzindo cega obediência.

     O dogma do dualismo, o bem versus o mal, luz versus trevas, conhecimento versus ignorância, no conceito de liderança corresponde à eterna luta entre o poder e a Autoridade.

Não existe o bem e o mal, apenas circunstâncias. O homem apoia fatos e circunstâncias a fim de guiá-los. Se houvesse princípios e leis fixas, as nações não as mudariam como mudamos de camisa, e não se pode esperar de um homem que seja mais sábio do que uma nação inteira.” Honoré de Balzac 1799-1850

     Assim, antes de ingressarmos em avaliações mais profundas, precisamos identificar algumas definições que ajudarão na compreensão da liderança à medida que formos evoluindo.

Um dia perguntaram a Buda o que ele achava da humanidade, e considero a resposta uma orientação de vida para todos.

As pessoas perdem a saúde para juntar riquezas, depois gastam as riquezas para recuperar a saúde, pensam ansiosamente no futuro, esquecem de viver o presente e quando chegam no futuro, vivem pensando no passado, a maioria vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido!

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