Descobrimento do Brasil informal!

     Censura é a desaprovação e consequente remoção da circulação pública de informação, visando à proteção dos interesses de um estado, organização ou indivíduo, define a Wikipédia.

    O termo “estado democrático de direito” utilizado pelos mais diversos segmentos como pondo em cheque todos os argumentos contrários, não define a sutileza dos movimentos políticos que acontecem nos bastidores.

    Na era da pandemia do Covid-19, quando houve a necessidade da distribuição do Vouchecorona de R$600,00, fomos surpreendidos com a descoberta que cerca de 35 milhões de brasileiros não tem nenhum registro ou controle nos órgãos públicos e que nunca interagiram com o sistema bancário. Veio a público o Brasil informal, onde os bancos são os agiotas com juros inacreditáveis e cuja inadimplência pode ser paga com a vida.

    Aceitar com resignação que exista uma economia informal, de pessoas informais, é como admitir que existe um país informal para o qual as regras da constituição não se aplicam em relação aos direitos apenas aos deveres.

    Esses excluídos não foram gerados em poucos anos, mas em décadas de descasos com os verdadeiros objetivos de um governo honesto. Tudo leva a crer que foram assim colocados para serem facilmente manipulados através de alguma bolsa de ajuda ou financiamento estudantil. Afinal, isso gera votos e dependência.

    Para aqueles que não viveram ou conhecem um Estado totalitário, quer seja uma Ditadura ou Socialismo, perdoa-se o fato de no momento de extrema angústia pedir a volta do AI5, ou, o que quer que isso signifique, pois, a maioria não sabe. Afinal, é muito melhor viver seguro e ter emprego do que livre e com fome. Manifestações com abaixo Bolsonaro, abaixo STF e abaixo congresso, pode? Mas volta AI5, fecha congresso, não pode?

    Na quarentena fomos presos em casa e impedidos de circular para nos proteger do vírus e convencidos através da mídia que era a melhor escolha, mesmo que não concordássemos. Como se não bastasse, os poderes disputaram entre si quem podia nos prender sendo decidido por quem realmente manda no país, o STF.

    Na era Lula, vivemos sob uma ditadura econômica disfarçada, onde todos os poderes comprados através dos mensalões e da corrupção, mantinham o projeto do PT de permanecer no poder por muitas décadas. Muito antes da queda da Dilma, uma publicação da revista Veja já anunciava a falência do Estado com as medidas populistas do (Lula) sem sustentação orçamentária e compromissos de longo prazo sem lastro e previu três anos para acontecer, errou por hum! Estourou em quatro.

    O impeachment e os consequentes escândalos do Lava Jato, nos conduziram a uma nova forma de ditadura disfarçada, a Judicial, onde juízes decidem nossas vidas muitas vezes contrariando a constituição e nosso direitos coletivos através do congresso, pois precisam ser homologados pelo STF, que decide quem deve continuar legislando.

    Essa tentativa de avaliar atitudes antidemocráticas nas manifestações do AI5 não considera o direito de opinião das pessoas e abre um enorme precedente para outras censuras que parece virão brevemente, afinal, subimos 2 degraus na relação mundial de Censura da Imprensa, e a maioria vem da própria imprensa, pois não divulga o que realmente acontece em nosso país. Basta ver as notícias reais que as mídias sociais divulgam e são excluídas da esfera oficial. Não bastasse o Brasil informal agora tem a notícia informal?

    Votei em Bolsonaro, não pela sua história como político, afinal não é das mais produtivas, nem pela sua capacidade de liderança, pois confunde poder com autoridade e nem pela sua capacidade de oratória, pois é a mais rudimentar possível, e com certeza não teria sido eleito se tivesse participado dos debates, pois teria sido massacrado. Votei, porque era a única pessoa fora do círculo vicioso do meio político que não apresentava o mesmo discurso e as mesmas falsas promessas de campanha. Votei contra o que estava estabelecido e cujo resultado já sabíamos, votei contra o PT e qualquer tendência socialista que se apresente.

    Mas, no momento que os todos agem contra os interesses do poder executivo, desmanchando todos os seus projetos sem dar o direito de tentar, também estão atentando contra o direito de 57 milhões de brasileiros que pensaram como eu enxergaram uma luz no fim do túnel. Precisamos nos manifestar e fazer valer o nosso voto.

    Pedir a volta do AI5, não é pedir Ditadura, mas dizer, chega! Basta! Não aguentamos mais! Queremos mudança e não sabemos a quem pedir! No fundo, o que todos querem é uma mudança radical em todos os níveis do poder, se possível tirar todos e iniciar uma nova eleição geral no país, antes que isso se direcione para uma desobediência civil e chegarmos às vias de fato.

3 comentários em “Descobrimento do Brasil informal!

  1. Clauder meu sentimento quanto ao expressar sobre esse descobrimento do Brasil é de fato um Brasil, alimentado por bolsa e alguns mais vales. De fato só existiriam nas eleições, como moeda de troca. Golpe perfeito sistematizado! Pessoas como vcs, alguns mais emotivos e outros mais realista que tentam mudar essa país. Queremos essas falas. “ chega basta”

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