O ano em que a terra parou!
Para quem assistiu o filme de ficção “o dia que o mundo parou”, relançado recentemente com nova roupagem, na primeira versão um alienígena cortou toda a energia da terra por um dia, no último um alienígena solta um vírus nano robótico que destruía tecidos orgânicos e não inorgânicos. A ficção aproxima-se da realidade. No final destes filmes, o alienígena comove-se com algumas atitudes humanas e dá mais uma chance para a humanidade.
Coincidência ou não, a teoria da evolução parece se manifestar mais uma vez, o COVID-19 ataca principalmente os idosos ou pessoas com baixa imunidade, ou seja, os mais indefesos, confirmando de forma dolorosa a teoria da sobrevivência dos mais fortes.
Será que o universo não está alertando a humanidade para situações de grandes proporções que enfrentaremos em um futuro próximo? As calotas polares estão derretendo, os oceanos avançando nas costas, a superpopulação crescendo assustadoramente, a poluição descontrolada e o aquecimento global, tudo isso sem falar nas guerras espalhadas pelo mundo e principalmente no oriente médio onde a maioria nem sequer sabe mais porque está lutando.
Se não bastassem as loucuras humanas preocupados com o índice da bolsa de valores e muitos outros que a maioria nem sabe para que servem, ainda nos confrontamos com classificação dos países como primeiro, segundo e emergentes, como se isso determinasse o valor de cada povo.
Esta paranoia culmina com o famigerado PIB, cujas oscilações, determinam mais ações que influenciam a vida das pessoas. Um PIB muito alto determina a felicidade do povo ou escraviza-o?
E se o COVID-19 fosse mortal? Teríamos uma nova mortandade como a Peste Negra? De que forma surgiu este novo vírus? Apenas uma mutação ou escapou de alguma experiência?
Tudo que podemos concluir é que a humanidade não está atenta para ocorrências que põem em risco nossa sobrevivência, e que são muitas as formas de sermos exterminados, todas identificáveis, e contra algumas não temos defesas.
Esta crise do COVID-19 em 2020, será lembrado para sempre na história humana como o primeiro alerta sobre os desastres biológicos, uma vez que o H1N1, Sars , Dengue, gripe suína, etc, não foram suficientes mudar nossos objetivos e atitudes como passageiros desta minúscula nave espacial pela qual percorremos o Universo, a Terra.
Sabemos que a existência do nosso planeta está ligada à existência do Sol. Em alguns bilhões de anos quando o sol exaurir seu combustível nuclear, ele crescerá e se tornara gigante e consequentemente implodirá e se tornará uma anã branca, mas muito antes disso, ao chegar à primeira grandeza já terá engolido o sistema solar e nosso planeta estará condenado.
Até que isto aconteça, ficamos à mercê de situações de extermínio contra as quais teríamos algumas chances de impedir: os Meteoros, o clima planetário e as ocorrências biológicas.
Considerado pela Nasa como um dos maiores asteroides já observados, o pedregulho 2002 PZ39, descoberto em 2002, passou “perto” da Terra na distância de 5,7 milhões de quilômetros 15 vezes a distância entre a terra e a lua. Na quarta-feira (12) de Fevereiro de 2020, por exemplo, o 2020CK1, com 27 metros de diâmetro, estará a pouco mais de 3 milhões de quilômetros do nosso planeta. A Nasa classificou o asteroide Bennu com seus 500 metros de diâmetro como “potencialmente perigoso”, e existe uma chance real dele colidir com a Terra. Mas ela é apenas uma em 2,7 mil possibilidades que existem hoje.
Ainda assim, se o Bennu nos atingir, seria entre os anos de 2175 e 2196. Há pouco tempo, 3 asteroides colidiram com Júpiter, nosso protetor gravitacional, e cada um deles destruiria facilmente a Terra.
Contra estas ameaças não há contramedidas eficientes, apenas especulativas, mas mesmo assim não visualizo esforços reais para impedi-las e são medidas puramente científicas e tecnológicas.
Enquanto isso, estamos destruindo a nave que nos transporta pelo universo, despejando toneladas de lixo tóxico na atmosfera, poluindo rios e mares com rejeitos industrias, sem contar com os plásticos descartados que precisam de seculos para deteriorar, estas agressões contra nosso planeta, propiciam a propagação de epidemias e doenças predominantes apenas em seus países de origem.
A humanidade, entretanto, tem tempo e condições para se proteger destas mazelas, com atitudes de preservação do ambiente, revisão de suas metas, principalmente, se todos lembrarem que são apenas humanos em vez de povos e raças, ricos e pobres, dominantes e dominados.
Sem esta consciência de humanidade nunca estaremos prontos para as ocorrências biológicas a exemplo do COVID-19, menos mortal que outras epidemias que tivemos, mas de grandes efeitos psicológicos, pois nos deparamos com algo fora do nosso controle e contra o qual, não temos defesa.
Espero que esta ocorrência desperte a humanidade a merecer este nome, mudando nossas atitudes para realizações que visem a sobrevivência de todos e que valha a pena ser humano. Precisamos olhar para as estrelas e aceitar a verdade que a terra nos ofereceu um tempo precioso para nos prepararmos para explorar novos mundos garantindo a sobrevivência da espécie humana.