Poder Oculto?
No artigo “ Anatomia de um golpe” do blog “oquestionador.com.br”, faço as seguintes perguntas:
“Se o voto auditável não for aprovado como o povo se manifestará? Se contra todas as provas o Bolsonaro perder, o povo se manifestará? E se o vencedor for o Lula, O povo reagirá? E se contra todas as hipóteses abrirem um impeachment contra o Bolsonaro, o povo reagirá?”
Desde então Bolsonaro tem elevado o tom dos discursos com o objetivo de arregimentar o povo e assim obter forças para pressionar mudanças ou negociar condições, e seus discursos encontraram uma população abatida e revoltada com os desmandos dos outros poderes. Foi fácil a adesão.
Essa estratégia culminou com as manifestações do dia da independência com o povo nas ruas exigindo o que achava correto com adesão de todas as camadas sociais e reforçada pelos caminhoneiros.
O povo foi para as ruas, os meios de comunicação entraram em conflitos, blogueiros escolheram suas trincheiras, assim como os políticos e os juristas, ou seja, o país ficou dividido como sempre esteve, mas agora de forma declarada com CPF e endereço.
Inesperadamente, houve uma reviravolta na situação que pegou todos de surpresa com a desistência de Bolsonaro de forma irreconhecível, abandonando aqueles que atenderam seu chamado e acreditaram nele indo para as ruas.
O que realmente aconteceu? O povo mais uma vez foi usado como massa de manobra? Qual a lição de tudo isso?
Lembro que na revolução de 64 um presidente ao se retirar deixou no ar uma frase famosa referindo-se a “forças ocultas e poderosas”, Collor também fez essa referencia.
As estranhezas continuam com o ressurgimento do ex-presidente Michael Temer, exatamente quem indicou Alexandre de Moraes como soldado do STF cuja única missão era atiçar as instituições e principalmente o Bolsonaro usando a esquerda como retaguarda.
Não é a toa que partidecos foram formados ao longo do tempo com a única missão de colocar o STF na disputa legalmente, teoricamente dentro da constituição.
A queda da Dilma teve a participação direta do Vice-presidente e mais uma vez o povo foi usado como massa de manobra. Mas o que a Democracia ganhou com isso? Descobrimos os roubos que todos sabiam, tiramos parcialmente o PT do poder legislativo mas os deixamos nos outros poderem agora disfarçados em múltiplas legendas declaradamente chamadas de Fórum de São Paulo.
Vimos algo semelhante acontecer nos Estados Unidos com a derrubada da direita conservadora através do Donald Trump em uma votação suspeita, movimentos sociais mas não políticos que desapareceram misteriosamente com a mudança de governo.
Trump caiu batendo e manteve a confiança dos seus eleitores e estará apto a retornar à cena pública se alguma manobra articulada não impedi-lo, a exemplo do que esta acontecendo no Brasil na tentativa de alterar o esquema de votação e impor quarentena a agentes públicos de 5 anos, com o objetivo de impedir ex-juízes e militares a participar. Isso deixaria de fora Moro, Pazuello e Bretas, como outros.
Os agentes de comunicação aturdidos com a retirada e capitulação de Bolsonaro, tentam desesperadamente esconder sua decepção criando narrativas para salvar a imagem do Presidente e as suas próprias e tentam justificar o injustificável.
Circulam pela rede informações das mais variadas sobre esta reviravolta, de traição a covardia de Bolsonaro, como de retirada estratégica e inteligente digna de um grande articulador, o tempo mostrará qual delas é a verdadeira.
Infelizmente, ficou claro que Bolsonaro não conta com o apoio dos militares mesmo trocando seus comandos, pois a hierarquia esta contaminada, e que existe uma grande articulação por traz dos poderes e que estão todos comprometidos.
Pelo menos uma coisa boa surgiu desta manifestação que antes só existia na imaginação de poucos e nos filmes de ficção, a existência de um Poder Oculto que age nas sombras e controla todas as ações na política mundial, os exemplos da sua participação estão espalhados por ai.
De uma coisa tenho certeza, o povo saiu desta empreitada com mais força e conhecedora dos seus poderes percebendo que não precisa de lideres para exigir seus direitos, e, que um dia isso acontecerá de forma pacífica ou sangrenta, o tempo mostrará.
Pra frente Brasil!!
Excelente reflexão. Realmente o momento é decisivo e delicado para o Brasil